Neste ano, tive a oportunidade de mergulhar em diversos universos artísticos e culturais. Entre filmes, livros, música, arte e moda, conheci diferentes estilos e obras que me impactaram de maneiras diversas. Ao longo do ano, alguns se destacaram mais do que outros, tornando-se fundamentais para mim. E é sobre essas escolhas que vou falar hoje.

Começando pelo cinema, um dos filmes que mais me impressionaram foi Roma, dirigido e escrito por Alfonso Cuarón. A obra narra a história de uma empregada doméstica na Cidade do México dos anos 70, abordando temas como racismo, machismo, classe e família. O filme é um retrato sensível e emocionante da vida dessas mulheres e das lutas que travam diariamente. Além de ser uma obra cinematográfica impecável em termos de roteiro, edição e fotografia, Roma é um manifesto político e social poderoso.

Na literatura, um dos livros que mais me marcou em 2018 foi O conto da aia, de Margaret Atwood. A obra, que já havia sido lançada em 1985, ganhou uma nova versão em português pela editora Rocco, em virtude do sucesso da série de TV homônima. A história se passa em uma sociedade distópica em que as mulheres são subjugadas e forçadas a viver como servas e reprodutoras, sem direitos ou liberdades. A narrativa de Atwood é precisa, envolvente e intensa, trazendo um retrato perturbador do poder do patriarcado e da violência contra as mulheres.

No que diz respeito à música, um dos artistas que me cativou em 2018 foi o rapper Saba. O músico de Chicago lançou seu álbum Care For Me em abril deste ano, trazendo um misto de melancolia, angústia e introspecção em suas letras e beats. As músicas do álbum falam sobre a morte de um amigo próximo de Saba, que foi assassinado em 2017. A dor e o luto do rapper se transformam em poesia e ritmo, tornando Care For Me um trabalho emocionante e memorável.

Na moda, uma das marcas que mais me surpreenderam em 2018 foi a Highsnobiety. O site de cultura urbana lançou sua própria linha de roupas em junho deste ano, trazendo peças modernas, minimalistas e sofisticadas. A marca une elementos da moda de rua, do streetwear e da alta costura, criando um estilo único e autêntico. O cuidado com os detalhes, a qualidade dos materiais e a originalidade da proposta me fizeram ser um fã da Highsnobiety.

Por fim, na arte, um dos artistas que mais me emocionaram em 2018 foi o brasileiro Nuno Ramos. Sua exposição Aos Vivos no MASP de São Paulo apresentou suas mais recentes criações, que combinam elementos de pintura, escultura e instalação. A obra de Ramos é visceral, poética e provocativa, lidando com temas como morte, dor, religiosidade e história do Brasil. A visita à exposição foi uma experiência marcante e transformadora para mim.

Em resumo, 2018 foi um ano marcante em termos de cultura e arte. As escolhas que citei neste texto foram algumas das que mais me impactaram e emocionaram ao longo do ano. Espero que vocês possam conhecer e apreciar essas obras tanto quanto eu. Que 2019 possa nos trazer ainda mais descobertas e emoções!